DOCUMENTOS
Comitê de Profissionais Gaúchos das Áreas de Educação Superior, Cultura, Pesquisa, Comunicação, Direito e Ações Comunitárias em Defesa da Democracia
CARTA DE PRINCÍPIOS
No Manifesto em Defesa da Democracia e do Estado Democrático de Direito, expressamos nossa preocupação com o grave e iminente risco de ruptura institucional no Brasil, que coloca em xeque o funcionamento das instituições e o respeito à própria Constituição, e reafirmamos nossa defesa intransigente da democracia.
Por considerarmos que:
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este risco continua;
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quando for superado, será preciso consolidar a democracia no país e encaminhar as importantes mudanças
necessárias para o enfrentamento da crise econômica e a retomada do
desenvolvimento com inclusão social e a defesa da soberania nacional; -
o encaminhamento dessas mudanças só poderá ser realizado com o apoio de um amplo bloco de forças sociais e políticas com elas comprometidas; decidimos criar um comitê que se constitua em espaço propositivo e regular de informação, reflexão, debates e manifestações.
Esse comitê está organizado em torno dos seguintes princípios:
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constituir-se em espaço de debates plural, suprapartidário, buscando a participação de pessoas com diferentes visões ideológicas e políticas, reunidas para defender a democracia e as grandes mudanças sociais acima indicadas no item b);
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constituir-se como uma estrutura horizontal, voltada para a reunião e mobilização de pessoas interessadas no conhecimento mais aprofundado da conjuntura política e na defesa de grandes bandeiras sociais, sem o estabelecimento de estruturas burocráticas e a vinculação a organizações preexistentes;
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contar, para a organização de painéis, debates e manifestações, com um grupo executivo, que se comunicará com os demais através de meios eletrônicos e organizará esses eventos a partir das indicações do coletivo.
Nesse sentido, o comitê pretende realizar encontros mensais com atividade previamente organizada e divulgada.
Neste momento de crise não apenas institucional, mas também de formas tradicionais de organização, acreditamos que a participação do maior número possível de pessoas em atividades voltadas para a consolidação da democracia no país depende de nossa capacidade de nos unirmos por nossas semelhanças e sabermos discordar e debater nossas diferenças de forma respeitosa, em torno de práticas realmente participativas e democráticas que fortaleçam o debate público e o espírito de solidariedade.
Reunidos na luta pela democracia, reafirmamos nossos princípios de tolerância, de direito à liberdade de expressão das diferenças e de acatamento às decisões de maioria.
Porto Alegre, 04 de Abril de 2016
Salão de Atos 2 da Reitoria da UFRGS